Já há alguns meses que tenho compartilhado com meus amigos no campo da GC que meu maior dilema no momento é a mensuração de resultados da GC.
Medir é tanto uma forma de provar seu valor como para demonstrar o seu progresso por quem a pratica.
Assistindo hoje a um episódio de Elementary me ocorreu que os resultados e a dimensão da Gestão do Conhecimento podem ser medidos por, digamos, transferência.
Não estou me referindo à transferência de conhecimentos de uma pessoa para outra ou para outros meios, como documentos ou processos. Não é isso.
Estou me referindo à menção a um objeto quando se pretende, na verdade, se referir a outro. Neste caso, estou me referindo a medir os resultados e progressos de uma implementação de GC através da medição de outras variáveis.
Alguns poderão dizer que as variáveis que vou sugerir a título de exemplo são indicadores óbvios de GC, mas não são. Certas medições, como vou sugerir, usualmente soariam para mim como meros indicadores-meio, não como indicadores-fim.
Mas imagine que seus módulos de e-learning tenham o objetivo de promover a capacitação de profissionais em certa carreira e nível de senioridade. Ou que você documente processos em detalhes ou armazene detalhadamente seus projetos anteriores, em ambos com a intenção de retomar rapidamente uma competência ou experiência passada quando ela se tornasse necessária.
Agora imagine que você comprove a eficácia das técnicas de “congelamento e descongelamento” que você utilizou. Aplique os módulos de e-learning, reaproveite os processos e documentações. Faça ajustes e ache as técnicas corretas.
Nesse momento você saberá que cada módulo de e-learning e cada processo ou projeto documentado é um ativo pronto para acionamento.
Você poderá então inventariá-los. Valorá-los. Contabilizá-los.
Ao medir a quantidade disponível de um ativo de conhecimento comprovadamente eficaz, você estará medindo objetivamente o resultado e o progresso da sua GC.
Ao confiar no significado dos indicadores-meio, passei a vê-los como representativos dos indicadores-fim. Ainda que os indicadores-fim jamais existam.
Pergunta aos amigos: é simplista demais?
O dilema passa a ser, é claro, a medição da eficácia das técnicas de “congelamento”, mas essa é uma demanda muito mais concreta.